SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE

CNPJ/MF nº 60.517.984/0001-04
Fundação: 25 de janeiro de 1930
Apelidos: O Mais Querido, Clube da Fé, SPFC, Tricolor Paulista.
Esquadrão de Aço (30-35), Tigres da Floresta (30-35), Rolo Compressor (38-39, 43-49), Tricolor do Canindé (44-56), Rei da Brasilidade (50-60), Tricolor do Morumbi (60-), Máquina Tricolor (80/81), Tricolaço (80/81), Menudos do Morumbi (85-89), Máquina Mortífera (92/93), Expressinho Tricolor (94), Time de Guerreiros (2005), Soberano (2008), Jason (08-09), Exército da Salvação (2017), O Mais Popular (2023), Campeão de Tudo (2024).
Mascote: São Paulo, o santo.
Lema: Pro São Paulo FC Fiant Eximia (Em prol do São Paulo FC façam o melhor).
Endereço: Pr. Roberto Gomes Pedrosa, 1. Morumbi; São Paulo - SP. CEP: 05653-070.
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segunda-feira, 9 de julho de 2018

Camisas propostas em 1992

Matéria de Luísa de Oliveira para O Estado de S. Paulo, de 1º de julho de 1992.

ARTISTA SUGERE NOVAS CAMISAS

A tradicional camisa do São Paulo, que desde a fundação do clube, em 1930, veste os jogadores do time, pode virar peça de museu. Essa é, pelo menos, a sugestão do premiado artista plástico paulistano Gustavo Rosa, de 45 anos. Torcedor são-paulino desde garoto, Rosa vem trabalhando no projeto de criação de duas novas camisas para a equipe. "O São Paulo precisa se modernizar", apregoa. "Estou dando a minha contribuição". Ontem, as camisas foram mostradas aos jogadores do time.

A ideia de Rosa de criar a nova camisa do São Paulo surgiu numa conversa com o presidente do clube, José Eduardo Mesquita Pimenta, em 1990, logo após a posse do dirigente. "Batemmos um papo sobre o uniforme e decidi desenvolver um projeto", relembra o artista. Os planos iniciais acabaram se transformando numa espécia de campanha, agora lançada por Gustavo Rosa, com a ajuad de amigos, como o dono de restaurantes Antônio Carlos de Toledo, que ressalta: "Ele fez um belo trabalho".

V da vitória

A combinação do vermelho, do branco e do preto, símbolo do Tricolor, permanecem nos modelos criados por Rosa. Na camisa número um, as listras vermelhas e pretas, atualmente no peito dos jogadores, saem das mangas e descem até o peito do jogador. "É o V da vitória", explica o artista. "Isso faz o atleta crescer em campo, como aconteceu com aquele lindo uniforme da Alemanha". No uniforme número dois, prevalece o negro.

Ex-publicitário, Rosa preocupou-se, também, em ressaltar o distintivo do São Paulo. Por isso, deixou o escudo separado das listras e aboliu a linha preta que o envolvia. "Assim, não há interferência no símbolo do clube". O artista, que já expôs quadros e gravuras nos Estados Unidos, Alemanha, França, Israel e outros países, admite que a camisa da Seleção da Alemanha, com faixas onduladas amarela, vermelha e preta, o influenciou: "Parecia que eles tinham 22 jogadores na Copa". Rosa propõe, também, que a meia da equipe continue com o fundo branco, mas ganhe uma listra vermelha e uma preta.

Cuidado

Segundo Rosa, vários torcedores aprovam a mudança. "Todos os são-paulinos com quem conversei aceitaram a proposta", conta. Os jogadores são-paulinos, porém, mostraram-se contrários. Ontem, no CT da Lapa, eles disseram preferir o atual uniforme, o dos títulos.

"Sou a favor da modernização, mas só para a camisa número dois", opina o presidente Pimenta. "A camisa tradicional deve continuar como a número um e a outra deve vir gradualmente nos treinos e amistosos, sem ser imposta", concorda o diretor de futebol, Fernando Casal de Rey. "As propostas de mudança são interessantes, mas o clube precisa ouvir opiniões", argumenta o secretário-geral João Roberto Seabra Malta.

De qualquer forma, qualquer mudança na camisa do time significa alteração do estatuto do clube. Para isso, é necessária a aprovação de 121 conselheiros, a maioria simples do conselho. Por isso, Rosa lançou, agora, os modelos oficialmente e pretende mostrá-los aos são-paulinos. "Poderíamos até fazer uma votação entre os torcedores", sugere.

Duas mulheres bonitas já votariam pelo "sim". Maria Cristina Mendes Caldeira, são-paulina e amiga de Rosa, posou no Morumbi com a proposta para a camisa número um, a branca, e gostou. "Achei linda", disse Maria Cristina, apontada como uma das últimas namoradas de Ayrton Senna. Doris Giesse, bailarina, modelo e apresentadora do Fantástico na TV Globo e ex-namorada de Gustavo Rosa, vestiu a camisa negra no ateliê do artista e concluiu: "É charmosa".

A camisa nº 1

A camisa nº 2

Nota: A camisa nº 1 proposta lembra um pouco a primeira camisa de goleiro da história do clube, usada por Nestor no torneio início de 1930 (e ao visto, somente nesse jogo), abaixo ilustrada, com as faixas invertidas. Claro que o artista, em 1992, desconhecia esse fato.


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